Amar Sem Preconceito 10




Era sexta-feira, tinha acabado de sair da aula de Português, estava no nosso cantinho do custo me, a falar com a Beatriz, quando ela começa a falar do JP.
- Jéssica não tens nada para me contar?
- Eu não, porquê?
- Sabes do que falo.
- Não não sei.
- Não voltas te a estar com ele?
- Não, acho que tens razão, tenho-me afastado. - Aquelas palavras dito em voz alta realmente não tinham nexo, não se enquadravam na minha vida, suavam-me totalmente falsas, mas olhos que não vêm coração que não sente.
- Espero bem que assim seja.
Tinha mesmo lhe ocultar que a nossa relação aos poucos estava a evoluir. E que mais dia menos dia íamos namorar.Depois desta conversa cada uma foi para sua casa. Quando cheguei a casa recebi uma mensagem do JP para sair com ele, sem hesitar aceitei logo.
 Estava quase pronta quando abri a porta do quarto da minha irmã, pela primeira vez. Acendi a luz, fechei a porta para ninguém se aperceber que estava lá. Sentei-me na cama cheirei o ar, tinha o seu cheiro ali. Olhei para o espelho que estava em frente, foram tantas as vezes que naquele sitio lhe disse
"- Esse fica te bem, estas linda, um dia tens de me apresentar esse sortudo.
- Oh mana se tu soubesses.
Nesse momento ela arrumava as dezenas de vestidos e ia com o que tinha vestido, e apressada fechou o armário e sentou-se a minha beira.
- Que se passa Ariana?
- Ele é lindo mana, se tu soubesses...
- Conta me tudo.
- Ele é perfeito, sabes aquele rapaz que é o sonho de qualquer mulher? Que se veste bem, te trata como uma princesa, que é lindo de morrer, super carinhoso, ele é assim. 
- E então mana qual o problema?
O telemóvel dela toca ela atende.
 - Ele já esta a minha espera, ate logo mana."
E mais uma vez se passava sem que a minha irmã me contasse o que se passava com ela, aquela recordação arrancava-me o coração e congelava-me o sangue, se eu tivesse conversado mais vezes com ela se eu insistisse ela não teria feito o que fez. A campainha tocou, e eu nem ouvi, só ouvi a minha mãe a chamar-me, peguei na bolsa e sai, à porta estava o JP, entrei no carro coloquei as mãos sobre os joelhos e comecei a chorar.
- Jéssica.
Eu não conseguia falar.
- Jéssica, que se passa, fala comigo.
- Arranca aqui não quero falar.
O meu choro tornou-se compulsivo, até que ele parou o carro, saiu do carro e veio abrir me a porta, ajudou me a sair, quando sai abracei-o com toda a minha força.
- Então princesa que se passa?


Um comentário:

  1. A tua historia esta espectacular tbm...

    Obrigada, estamos a escrever capítulos pequeninos pq tínhamos medo que perdesse o interesse, e assim também deixa uma certa "incerteza"...E muito obrigada pelo apoio :)


    CarolinaAlmeida.

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